quarta-feira, 17 de julho de 2013

estamos nos despedindo, a cada encontro eu perco algo
estou demasiado triste pra me importar, e perco além.
ouço um zumbido estranho e choro escondida
estou sem paz
onde estariam agora teus beijos?
quão longe dos meus portos fico?
teu sussurro onde soa?
meu vício do teu peito
não é saúde
não minto, enlouqueço
perdi a fé por alguns dias
a falta dela é irremediável
eu morri, como um peixe, mais uma vez
e ninguém sentiu o cheiro do cadáver
putrefato cotidiano
há dores e náuseas me parasitando
por mais que eu sorria
e lavo os labios com desinfetante

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Carnavalia

Carnaval me anoiteceu
com seus confetes pisados feito estrelas cadentes sem pedido
feito marcha triste, samba-canção
feito amor demais sem ilusão
Carnaval me anoiteceu num cotidiano simplista
operário nos sonhos alheios
noite alta
adormece folia!
Retorna vida na gente,
Habito demasiado os dias

sábado, 2 de fevereiro de 2013


Fiz das mãos conchas

Escorrestes por mim

Fiz da paixão água

Saudade...

mar que não tem fim