quarta-feira, 17 de julho de 2013

estamos nos despedindo, a cada encontro eu perco algo
estou demasiado triste pra me importar, e perco além.
ouço um zumbido estranho e choro escondida
estou sem paz
onde estariam agora teus beijos?
quão longe dos meus portos fico?
teu sussurro onde soa?
meu vício do teu peito
não é saúde
não minto, enlouqueço
perdi a fé por alguns dias
a falta dela é irremediável
eu morri, como um peixe, mais uma vez
e ninguém sentiu o cheiro do cadáver
putrefato cotidiano
há dores e náuseas me parasitando
por mais que eu sorria
e lavo os labios com desinfetante