sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Olho o homem que amei
e digo sem reação
Porque não mais o amo?
Que fizestes oh desalmando
Com todo amor que lhe tive devotado
Pra que saísse assim de mim
Orfandando meu peito vago
nesse deserto de desilusão?
Tantas noites em vigília
Tantas velas acesas, rezas, romarias
Novenas das mais circunstanciais
Delírios absortos em futuros projetados
Fremitos desejos por tanto tempo inalterado
Violentada me torno viúva
do afeto que lhe concedi
e o vazio se instaura do arrebalde ao ser
Os dias semitonam
as tardes sem porque
e a falta que se faz não é sua
mas da minha vontade de você.

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